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domingo, 1 de julho de 2007

KUOLEMA ART ZINE NUM. 28
DATA: MAIO DE 2007

“Maquiei meu ódio
Amordacei um instinto terrível
Isto para lhe olhar nos olhos
Para sentir pena de seu viver
Provei do puro fel concentrado
Em suas coxas,
Regurgitei em sua barriga
Sangue com gosto de ódio
E ainda assim disse-me:
- Tudo bem...
Tudo que não queria ouvir,
Mas você disse!
E pela ultima vez,
Matei-lhe em seguida
Rasgando-te ao meio
Como se algo em suas entranhas
Fosse prazeroso de se ler”

“Lhe peço que não deixes nada
Beba todo o vinho
Coma toda a carne
Junte os cigarros
E as latas de cerveja também...
Logo após poderemos fazer amor,
Amanha quero sair da cama
Somente par a porta lhe abrir”

“Saí para ver a lua
Eu estava só e ansioso
Não a vi...
Buscava luz, não a vi...
Queria um absurdo de amor
Mas não o tive
Quero um sopro no olho,
Um abraço infindável
Mas nem sempre tenho
Sobrou o absurdo esperar.
Sobrou o sol
Fraco das manhas de carência
De saudade
De pouca vontade de sol”


“Talvez teu torpor transcenda-me
Tínhamos taras tresloucadas
Tecnicamente transparecia tua tez
Tesouro turbulento e tinhoso
Tirava-lhe os trapos,
Tinha-me como teu traste
Teu tão temido tormento
Tua tércia titubiava-me
Taxaram-te tábida...
Tens terna temperatura
Tirei-lhe toda a toxidez,
Tive temor
Tomei tudo,
...Transcendi.”

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