“Ter que viver no medo, no silêncio
acordar e não abrir os olhos
assim quase sempre sinto – me
um ódio por não ter o que ouvir
ver e não ouvir
ainda por cima começa – me a falhar as vistas
não acho espaços em nada...
talvez esteja procurando em lugares errados
minhas idéias estão em êxodo
somem por entre turvas nuvens
calam – se pelas lágrimas
pelas várias ambições do querer ser
estala – se os risos por onde passa
e continuo não me vendo no espelho
sabe aquele gosto de você?
É... eu o senti hoje na manhã.
Em mais uma que não pude dormir tranqüilo
para que insistir tanto em lhe ouvir?
maldita hora que fui olhar para’trás
maldita hora que lhe procurei
necessito mesmo é de me entorpecer
assim ao menos por instantes consigo lhe esquecer
mas volta...
Você sabe que volta, e eu sei também...
Só queria estar agora com você ao lado dormindo
e ter na mente outros poemas de fulgaz amor,
não ter mais que fugir do dia ”
(23 de fevereiro de 2007)
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