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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Rômulo, tua ilustração me tocou de maneira independente. Acendeu minha emoção mais surtante de maneira que eu não possa declarar afeto a ela senão pelo choro. Talvez eu esteja inconsciente o bastante para não entender o quanto seria importante notar o significado disso, mas não necessita, visto que o que sinto é ainda mais forte do que o que pude sentir com 10 anos, quando pintei meu primeiro quadro. Eu tô escrevendo isso na tentativa de dialogar comigo mesma, tendo você autor da obra mais significativa para mim. Tentar entender o que passa na minha mente e nos meus olhos sujos de lágrimas agora seria extraordinariamente ácido e incapaz. Seria negar a possibilidade de externalização da minha mente. E ela está lá, na sua obra. Me senti representada neste pequeno espaço no qual deslocou suas mãos inquietas. Não me pergunte como. Também não quero saber no que pensou e qual é o possível significado dela porque para mim ela já tem alguns: o inefável que escorre entre os dedos. A beleza do estar. A acidez do inexplicável que se explica apenas por inexistir. O expresso pelo ser. A prova do existir. O amor. Parece desconexo, e eu peço desculpas pelo desabafo aparentemente extenso, querido. Eu quero ela pra mim, está a venda? p.s.: obrigada por me mostrá-la indiretamente.


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