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sábado, 23 de novembro de 2013

DESPOESIA E OUTROS TEXTOS PÓS POÉTICOS

Descomplicar a poesia e de fato fazer dela um lugar de criação, a poesia tem meios e fins próprios, e o autor somente, finge que é dono de sua criação.

Despoesia outros textos pós poéticos:: Novo livro nas ruas

"um afrontamento
um livro no meio do caminho
dividindo rios
terras
poemas
signos...
fechar portas
é a chave para outras abrir,
imagens
e erros
e caminhos
despoesia é sonhar
que com a mordida
no cangote
algo de novo vai jorrar
e salvar
quem nunca nem
precisa de ajuda"
2013... poeminha feito para nada, com intenção de ser usado algum dia

2 comentários:

Banca dos B-Boyzz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Banca dos B-Boyzz disse...


.
nada me instiga...
eis que resolvi despoemar!
- rosas??!
mas que bobagem
as rosas não falam
e se não me servem
descarto.
essa coisa de flor de jardim
definitivamente não presta
não é como a pedra
que uma vez no caminho
ainda desmonstra ser útil
se atirada de forma
perfeita na quebra
é beleza na certa
que se desdobra em despoema
pedra que se transforma
e se despoeta de jeito
na janela do alheio
aquela mesma janela
que já serviu ao poeteiro
sujeito meloso
ao admirar tantas cores
sobre o frondoso jardim
- mas um jardim para quê??!
- pra poetas?!
faça-me o favor...
sapateio com força
nos caules, galhos, nas pétalas
antes que me despertem
um transtorno
e que eu termine botando fogo
em sua natureza ficcional:
jardim bebezão
jardim que me pede
em carinho, sombrinha, solzinho
que todo dia desperta-me
no compromisso com a poda,
com trato, com a rega
e isso não vale a fumaça
desse meu cigarro
meu catarro no plural
todo jardim é um mal
já falou Baudelaire
e só perde espaço
pras florestas
que imploram aos despoetas
concretos que façam peças
de protesto
contra tais bosques de bosta
na face da terra...
- essa mesma terra!
que tinha até palmeiras...
achei uma merda
cortei todas
com os dentes
expus meu deserto
com fúria
só pra satisfazer meu ego
minha tara e loucura
para então plantar pregos
no lugar
e assim, vi brotar
um belo cercado
de arame enfarpado
que combinou lindo
com meu trator amarelo
- prazer puro: em atropelar!
amarrei o bico do sabiá
com uma fita durex
- agora tenta cantar!
derrubei fileiras
de livros
na estante
- derrubei logo a estante!
joguei fora o retrato
matei a cachaça
e o vinho:
espalhei sobre a mesa
e a vizinha gostosa?
mandei que se cubra
em roupas de couro
pois chegou a hora
em que o chicote estrala!
- dança filadapulta!
coisa mais sem graça
- pode parar de dançar!
me tranco no quarto
amarro uma corda
no alto da porta
subo no caixote
fecho-me em copas
suspenso no ar
aí sim!
fiz bonito
além da conta
contra o que era preciso
dando um fim nisso tudo
despoemando-me de mim
eu! enfim, em despoema absurdo.

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