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quarta-feira, 14 de março de 2007

“E quando parte de mim chora, você vê
você sentem você senti muito, nada faz
posso transpor-me em psicodélicas margaridas infláveis
posso inflamar-me até doer no fundo
pois não há um em vida que não chorou
e se chorar é um ato bom,
não quero saber, quero sentir
e assim que o frio nos tocar, me esqueça
Ouviu?
Esqueça-me para sempre!
Queria ser sua flor inflamável,
seu amor palpável, sua dor inconstante
devasso delírio impregnado em seres
suave coração mórbido lento de amor
e se viver for sofrer, mate-me!
Não quero olhar-te passando e fingindo ser outra
não quero tocar-te sentindo outras
quero falar das minhas vidas, ter sonhos
ou quem sabe apenas dormir uma noite inteira
sendo apenas eu um ilusionário tolo
um alcoólatra que vive sem sua bebida
atordoa-me sempre, não faça-me de pensar
faça-me sentir, ser aquele que voltou
ou não se chorar por minha metade fosse bom,
sem sombra de duvida choraria
mas dói, inconfortável dor por favor se vá”
(Ouro Preto, 03 outubro 2006)

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