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sábado, 29 de junho de 2013

Meu poema é quase nada
e quase tudo
anda no meio, pelo meio
criando meios de criar solidão

Meu poema nem é meu
ele faz parte de um povo
que caminha as mínguas
pelas ruas daqui,
de onde manifesto desejos

meu poema que dou
é uma pedra
uma gota d'agua
um copo cheio de ignorância
é uma farpa afiada
que te cortará
... e nunca mais encontrarás
a palavra cicatrizante

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